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O que fazer para frear a pandemia e evitar novo colapso da saúde em Manaus

Profissionais de saúde choram após entregar cilindro de oxigênio vazio para familiar de paciente internado com covid-19 - EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO
Profissionais de saúde choram após entregar cilindro de oxigênio vazio para familiar de paciente internado com covid-19 Imagem: EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

11/02/2021 04h00

Epicentro da pandemia da covid-19 no Brasil, Manaus vive dias de caos sanitário, tumulto nas filas de leitos de UTI e é alvo de uma ação judicial que deu o prazo de dois dias para que todos os casos sejam reunidos em uma única fila. Também foram dadas, ontem, 24 horas para que o governo do Amazonas e o Ministério da Saúde disponibilizem leitos de UTI para pacientes com covid-19, incluindo a transferência para outros estados.

A cidade, que já havia apresentado uma crise no primeiro semestre, viu os números crescerem no final do ano e um novo colapso se formou no início do ano. Muitos morreram sem o a UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) e sem oxigênio.

Como evitar que a história não se repita, ou piore, e o estado veja, em alguns meses, um novo colapso? Para especialistas ouvidos pelo UOL, com a manutenção de medidas restritivas por meio de diálogo com a população e o aumento da vacinação.

A gente ainda está observando o um colapso de todo o cinturão amazônico e parte do Centro-Oeste, com mal planejamento do suprimento de oxigênio, o que é extremamente lamentável. O risco de voltar a ter essa tormenta mostra que não há controle da pandemia no Brasil. Tivemos períodos de diminuição de casos e óbitos, mas, com qualquer alteração nos planos de mobilidade [como festas de fim de ano], nós voltamos a experimentar grandes explosões."
Ana Brito, epidemiologista

Para não se repetir

Entre abril e maio de 2020, o sistema de saúde amazonense não comportou o aumento de casos e registrou seu primeiro colapso. Com hospitais lotados, o governo chegou a instalar contêineres para receber corpos.

Muitos morreram em casa e mais leitos aram a ser ofertados. Um hospital de campanha foi aberto, mas, com a diminuição de casos e mortes após o pico, acabou fechado em julho. De lá para cá, como em todo o país, as medidas de restrição foram flexibilizadas, com direito a protesto de comerciantes quando a Justiça determinou o fechamento de atividades não essenciais no período do Natal.

A situação assim seguiu até que, no final de dezembro, "foi identificada essa nova variante do vírus, com capacidade de transmissão muito maior", explica Bernardino Albuquerque, epidemiologista da Fiocruz-AM e professor da UFAM (Universidade Federal do Amazonas).

Isso se associou à diminuição de medidas de contenção e a um desmonte de toda uma estrutura preparada [em 2020]. Num curto espaço de tempo, [essa união] determinou um colapso no nosso sistema de saúde, principalmente da capital e gerou essa chamada segunda onda."
Bernardino Albuquerque, epidemiologista da Fiocruz-AM

Agora, os números voltaram a cair. Com a ampliação de leitos, a procura por UTIs caiu 40% nesta semana.

"A eficiência dessas medidas está diretamente relacionada ao grau de adesão da população. Distanciamento, número de máscaras. Busca-se sensibilizar a população sobre o impacto dessas medidas", diz Albuquerque. Ele afirma, no entanto, que essas são ações "paliativas", hoje complementares à vacina.

Ana Brito, pesquisadora da Fiocruz-PE e professora da UPE (Universidade de Pernambuco), concorda. Segundo ela, um lockdown, a essa altura, já não seria tão efetivo porque a situação está "fora de controle" e a população está "cansada". "O governo deve pensar em medidas mais racionais", afirma, como a manutenção do toque de recolher em Manaus e a otimização do processo de vacinação.

Vacinar é preciso

"Vacinar, vacinar, vacinar", responde Albuquerque quando questionado sobre o que de fato evitaria um novo colapso. O epidemiologista avalia que, agora, esse tem de ser o foco, e cobra celeridade maior do governo federal.

"A vacina é a ferramenta fundamental para a diminuição da circulação do vírus. Temos que manter as medidas restritivas, para não aumentar os casos, mas o que vai resolver é a vacina", diz Albuquerque.

O Ministério da Saúde renunciou ao comando do controle do enfrentamento dessa pandemia. Nós iniciamos o processo de vacinação em janeiro com doses insuficientes. Não conseguimos, até agora, sequer atingir os grupos chamados prioritários de primeira linha."
Ana Brito, pesquisadora da Fiocruz-PE

Em Manaus, isso poderá mudar. Nesta quarta (10), a Justiça Federal deu 48 horas para que o governo federal se manifeste sobre ação das Defensorias Públicas do Amazonas (DPE-AM) e da União (DPU) que pedem a imunização coletiva da capital amazonense e de outros sete municípios do interior do estado em até 30 dias.

Para Ana Brito, o novo colapso de Manaus é uma das provas de que nem o estado do Amazonas nem o Brasil sequer saíram da primeira onda. Segundo ela, epidemiologiamente, uma segunda onda pode ser caracterizada na Europa, onde países aram meses com mortes abaixo de dez por dia (às vezes, zero) e depois observaram uma nova alta, o que nunca ocorreu no Brasil.