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É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas, diz Lula

Do UOL, em São Paulo

30/10/2022 20h54Atualizada em 31/10/2022 00h26

Em seu primeiro pronunciamento após ser eleito presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou um tom conciliador. Sem citar nominalmente o adversário, Jair Bolsonaro (PL), o petista criticou o atual presidente e prometeu que vai governar "para 215 milhões de brasileiros e não apenas para aqueles que votaram" nele.

É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam e nós escolhemos a vida
Lula, em primeiro pronunciamento

Depois do pronunciamento, Lula foi à avenida Paulista, em São Paulo, e discursou para apoiadores e militantes. Diante de uma multidão, ele disse que "derrotamos o autoritarismo e o fascismo deste país".

Lula foi eleito neste domingo (30) para o seu terceiro mandato como presidente da República. Com 100% das urnas apuradas, o petista tinha 50,90% dos votos, ante 49,10% para Bolsonaro.

O petista é o primeiro a ser eleito presidente da República pelo voto direto três vezes —antes, venceu em 2002 e 2006. Rodrigues Alves (1902 e 1918), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) venceram duas vezes. Getúlio Vargas foi eleito indiretamente em 1934 e pelo voto direto em 1950.

Lula e sua esposa, Janja da Silva, subiram ao palco visivelmente emocionados. Nas primeiras palavras, o petista agradeceu a Deus e às senadoras Simone Tebet (MDB-MS) —que foi candidata derrotada no primeiro turno da disputa à Presidência—, e Eliziane Gama (Cidadania-MA). As duas embarcaram na campanha no segundo turno e foram peças-chave em discursos entre conservadores e evangélicos.

Subiu o tom. Um dos debates da campanha era se, eleito, Lula iria rapidamente repetir as duras críticas a Bolsonaro feitas durante a campanha. Parte da cúpula defendia que ele focasse mais no futuro, com citações de seu governo ado (2003-2010), enquanto outros diziam que era preciso pontuar as diferenças em relação ao atual presidente.

Pelo tom adotado no discurso nesta noite, o segundo grupo venceu.

Nós não enfrentamos um adversário. Nós enfrentamos a máquina do Estado brasileiro colocada a serviço do candidato da situação para tentar evitar que nós ganhássemos as eleições
Lula, em primeiro pronunciamento

No discurso, Lula não só pontuou as falhas da gestão Bolsonaro nas questões econômica, social e ambiental como tocou sutilmente em outros pontos críticos do presidente, como os sigilos de 100 anos adotados sobre diversos assuntos, que o petista criticou durante toda a campanha.

"As grandes decisões políticas que impactam a vida de 215 milhões de brasileiros não serão tomadas em sigilo, na calada da noite", afirmou o petista.

Operações. A votação deste domingo foi marcada pelas operações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que, segundo relatos, teriam atrapalhado viagens a locais de votação ao redor do país. Quase metade das blitze ocorreram no Nordeste —onde Lula venceu em todos os estados.

Assim que a votação acabou, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, classificou as operações como "criminosas" e disse que a situação apontava a "utilização da PRF para fins eleitorais".

Prisão. Lula também falou indiretamente sobre sua prisão em decorrência da operação Lava Jato.

Tentaram me enterrar vivo e estou aqui para governar esse país
Lula, em primeiro pronunciamento

Em pronunciamentos e entrevistas, o petista sempre destaca que sua prisão foi motivada para impedi-lo de disputar a eleição de 2018.

Ele foi preso em abril de 2018 e solto no ano seguinte. Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou os processos de Lula e considerou o então juiz Sergio Moro (União Brasil) parcial.

Paz e foco no combate à fome. O presidente eleito repetiu discursos de paz, adotados ao longo da campanha, e destacou que o Brasil precisa de união e que "esse povo não quer mais brigar".

Lula afirmou que a pauta mais urgente de seu governo é acabar com a fome —atualmente, esse problema atinge 33 milhões de pessoas no Brasil. O petista também elencou medidas de defesa das minorias, como combate da violência contra mulher e o enfrentamento do racismo.

Nosso compromisso mais urgente é acabar com a fome outra vez. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário
Lula, em primeiro pronunciamento

Paulista com apoiadores. Lula chegou ao hotel, na região da avenida Paulista, por volta das 20h30. Ele acompanhou a apuração em sua casa, na zona oeste da capital, com a esposa Janja da Silva. Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito, e outros integrantes da campanha e do PT permaneceram no hotel em uma sala no subsolo.

Na Paulista, Lula se encontrou com uma multidão de apoiadores e fez discurso voltado para militância.

Essa é a vitória mais consagradora, porque nós derrotamos o autoritarismo e o fascismo deste país. A democracia está de volta no Brasil. O povo vai poder sorrir outra vez
Lula, na Paulista

Aos apoiadores, o petista falou que queria saber se o "presidente que derrotamos" permitirá a transição do governo.

"Tenho dois meses apenas para montar o governo, para conhecer a máquina como está, e eu preciso escolher bem cada pessoa que vai participar da nova democratização do país."

Lula comemora vitória com apoiadores na Paulista - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Lula comemora vitória com apoiadores na Paulista
Imagem: Reprodução/TV Globo

Reação de Bolsonaro. O atual presidente decidiu não discursar sobre o resultado das urnas, segundo assessores ouvidos pela colunista do UOL Carla Araújo. Bolsonaro votou no Rio, pela manhã, e depois viajou para Brasília.

Estados Unidos, Alemanha, França e outros países reconheceram a vitória de Lula. O presidente norte-americano Joe Biden foi um dos primeiros a entrar a emitir comunicado. Ele parabenizou "Luiz Inácio Lula da Silva por sua eleição para ser o próximo presidente do Brasil, depois de uma eleição livre, justa e crível".